segunda-feira, 2 de maio de 2011

Kiss


"I wanna rock and roll all night and party everyday" ♫


sexta-feira, 1 de abril de 2011

Route 66



Myth + Rock'n Roll + Courage + Friends + Harley Davidson + Beer + Wind + Sun + Gas + Velocity + Smiles + Free Weekends + Love + You = Route 66

sábado, 26 de março de 2011

Chelsea






Roofs of Chelsea
(uma imagem e uma legenda bastam para que haja um bom entendimento)

sexta-feira, 25 de março de 2011

Rap's king



"I'm not afraid to take a stand
Everybody come take my hand
We'll walk this road together, through the storm
Whatever weather, cold or warm
Just let you know that, you're not alone
Holla if you feel like you've been down the same road" ♫♪ Not Afraid - EMINEM

sábado, 23 de janeiro de 2010

12. o Beijo.



Fazia uma semana desde o acidente, Mônica já estava bem, então Maisa conversou com Sofia, Renato, Lucas, com outras meninas da classe e comigo para fazermos uma comemoração pela volta de Mônica, nada de festa, apenas uma noite entre amigos.
A mãe de Mônica após o acidente deu uma aproximada com o Sr. Mário, e aproveitando isso os dois sairiam para jantar e deixariam a casa somente para nós, Mônica não sabia de nada. Cada um ficou encarregado de levar alguma coisa para comer e beber.
Quando já anoitecia, todos nós nos reunimos na casa de Renato que era perto da casa de Mônica e fomos caminhando até a casa após um sinal da mãe dela. Chegando lá, Mônica estava sentada no sofá assistindo um filme ou um seriado, não me recordo bem o que era. Abrimos a porta e ela deu um pulo do sofá de surpresa e já foi arrumando o cabelo.
Ficamos algum tempo conversando até que Maisa deu a idéia de irmos todos ao quintal da casa. O quintal era imenso e era todo gramado com algumas árvores. Todos saímos, menos Renato que ficou assistindo TV. Renato sempre foi o mais calado e sempre preferiu a solidão.
Nós estávamos deitados na grama olhando as estrelas, quando Mônica se virou e disse: ” - Quem me ajuda a pegar as bebidas lá na cozinha? “. Lucas ia abrir a boca para falar, mas Maisa deu beliscão nele, sem grito, ele entendeu o recado. Eu sem demora disse: “ – Eu vou”. Entramos na cozinha e começamos a separar as bebidas, eu não sabia o que dizer, e sabia também que ela não sabia o que dizer. Foi quando Mônica deixou uma garrafa cair e se quebrar, ela se agachou no mesmo instante que eu e disse: “ –Ai , estou meio nervosa”. Eu dei um sorriso. Renato aumentou o som da TV, pois estava passando na MTV o clipe de sua banda favorita, U2. Mônica pediu para eu pegar um pano seco para tirar o excesso de liquido que havia no chão da cozinha, fui até a dispensa e lá fiquei pensado: “Como você é lerdo Andréas, como você é tonto, Diga algo a ela.” Quando voltei a cozinha, sequei o chão e coloquei o pano no balde de roupas sujas na lavanderia. Mônica estava me esperando na cozinha, cheguei ao seu lado, quando começou a tocar na MTV, She will be loved. Foi tão rápido e tão seguro, nos abraçamos e tocamos os lábios, é como se a música tivesse dado o empurrão na hora certa. O melhor beijo de toda minha vida, a abracei e a beijei, passei minhas mão por suas costas até uma delas chegar ao cabelo. Meu coração estava acelerado, acho que nunca tive uma dose de adrenalina tão forte e tão grande, minhas pernas balançavam. Foi o melhor beijo da minha vida e ainda mais por ser com Mônica. Ela deu uma mordidinha em meu lábio, o que me deixou mais rendido ainda a ela.
Quando acabou o beijo, ela me abraçou forte, encostou sua cabeça em meu peito e disse: “ – Eu queria isso, faz um tempo”. Eu fechei os olhos de satisfação e respondi: “ – Eu te amo”. Não sei se devia ter dito isso, mas foi a única coisa que me veio na cabeça.
Após tal acontecimento, Renato entra na cozinha e diz: “- Atrapalho?” Seria uma resposta óbvia para uma pergunta dessas, mas dizemos juntos: “Não”.
Realmente aquela noite estava linda, estrelada, com uma lua maravilhosa. Mônica também estava linda como sempre, me encantava cada vez que a olhava. Melhor que a noite em que a reparei, só essa noite agora. Agora sim eu senti que ela era minha.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

11. Jabuticabeira


Era quarta-feira, já haviam se passado 4 dias desde o acidente, e era o dia em que eu voltava para escola, pois meus dias de suspensão acabaram. Acordei com o despertador, me levantei com a mão na cabeça e fiquei sentado na beira da cama até me tocar do dia que era, rapidamente me troquei e fui tomar café. Minha mãe sentada na mesa, ainda de pijama, me deu bom dia e disse: “ – Olha só menino, vê se hoje não toma outra suspensão”. Fiz um sim com a cabeça, já estava acostumado a dar resposta dessa maneira, para evitar falar demais até sair o que não deve. Meu pai entrou na cozinha já arrumado para o trabalho e disse: “ Hoje volto mais tarde, porque depois do trabalho vou passar no Tio Bernardo”. Minha mãe trocou umas palavras com ele e o acompanhou até a porta para dar-lhe um beijo de despedida. Tio Bernardo era um homem grande e bem gordo, que nossa família apelidou de tio não sei por qual motivo, mas ele praticamente era da família, então o apelido caiu muito bem. Meu pai o conheceu num barzinho que era freqüentado por pessoas acima dos 35 e desde então ficaram super amigos.
Peguei minha mochila e sai de casa, sem me despedir de ninguém, acordei sem vontade de conversar nesse dia. Fui andando pela calçada e olhando ora para o chão, ora para o céu e pensando em Mônica. Já na rua da escola lembrei do Nando, e isso não me agradou já que ele também voltava hoje para os estudos. Entrei pelo portão e muitos na escola já me olhavam e apontavam. Percebi o sorrisinho estampado na boca de algumas meninas que pelo jeito gostam de brigas e idolatram o vencedor, mas não dei trela para nenhuma. Cheguei na classe e sentei no meu lugar, logo em seguida Renato, Lucas, Maísa e Sofia vieram com tudo para cima de mim e me encheram de perguntas. Sofia eu já tinha visto esses dias, mas a curiosidade partia mais de Lucas do que de todos os outros juntos. Enquanto respondia as perguntas, reparei Nando no corredor da escola, fiquei olhando-o, foi quando ele se virou e percebeu que eu o encarava, abaixou a cabeça e saiu andando. Nando sentia a vergonha de ter apanhado mais do que batido, mas eu sabia que acima de tudo ele tinha raiva e queria se vingar de algum jeito e isso não era nada bom para mim, para Mônica e meus amigos.
A aula começou e prestei atenção em todas até o recreio. Quando tocou o sinal do recreio todos saíram apressados para o pátio porque aprender Química Orgânica não é muito agradável. Mas eu continuei na sala e me levantei devagar, Renato ainda copiava o que estava na lousa e Sofia estava sentada ao meu lado. Senti uma mão pegando em minha mão, olhei para a pessoa, era Sofia. Ela me puxou e disse: “-Vem cá que preciso te mostrar uma coisa”. Fomos até uma parte da escola onde não havia alunos e ficamos embaixo de uma jabuticabeira. Sofia pegou minhas duas mãos e colou seus lábios nos meus rapidamente. Eu a segurei e a afastei dizendo: “- Sofia, qual o problema? Você não pode fazer isso, eu gosto de sua melhor amiga, a Mônica, e você sabe disso. Vamos esquecer isso, Isso nunca aconteceu”.
Sofia fez uma expressão de espanto e disse: “– Ai Andréas, eu não resisti. Você é tão homem perto dos outros garotos, eu precisava fazer isso. De uns dias pra cá me sinto atraída por você”. Fechei os olhos e suspirei fundo: “- Olha Sofia, você é uma menina linda e muitos garotos a querem, mas eu não posso, entende? Eu só penso na Mônica, não quero me relacionar com ninguém que não seja ela”. Sofia disse: “- Desculpa, você tem razão”. Ela me deu um abraço e enxugou uma lágrima. Saímos daquele canto abandonado e fui procurar Lucas e Renato enquanto ela procurava Maisa.
...
A diretora me chamou na saída e disse: ”- Senhor Maranzano, pela sua infração cometida na sexta-feira, o segundo diretor e eu tomamos a decisão de darmos mais uma punição, porque já se faziam 5 anos que não tínhamos um acontecimento desse na escola e você e o senhor Fernando Carvalho quebraram a seqüência de dias tranqüilos. Ele já recebeu a pena dele, agora é sua vez. Você vai ter que ajudar os alunos do primeiro colegial a tirarem suas dúvidas de quaisquer matérias. Amanhã eles terão simulado e você será o encarregado de os ajudar. Fique tranqüilo que são apenas 12 alunos com dúvidas. Esteja hoje às 14 horas aqui na biblioteca da escola para seu trabalho, digamos assim, voluntário”. Concordei e sai da escola com raiva. Justo hoje que eu iria visitar Mônica no hospital acontece uma dessas. Para pelo menos me tranqüilizar, no caminho para casa, passei numa loja de brinquedos e comprei um ursinho de pelúcia, escrevi um cartão:

“ Mônica, desculpa não aparecer ai no hospital hoje, é porque tive mais problemas aqui na escola, mas nada grave não. Comprei esse ursinho para que você se sinta melhor. Quando der, eu a visito
Beijos,
Andréas”

Coloquei o cartão junto com o ursinho e fui até a casa de Maisa que era na rua debaixo da minha. Pedi para que entregasse o presente. Olhei no relógio já eram 13horas e 25 minutos, resolvi voltar para a escola sem almoçar, no caminho de volta parei na padaria e comprei um salgado e uma Coca gelada. Matei minha fome com isso mesmo.
Comecei meu trabalho, como dito pela diretora, voluntário.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

10. Notícia repetida.

Corri muito até o hospital onde Mônica estava internada, cheguei e quando entrei na recepção Sofia me esperava agoniada e com os olhos umedecidos. Hesitei, mas a abracei e lhe dei um beijo na testa, Sofia me apertou e encostou sua cabeça em meu peito. Ficamos em tal posição por uns 2 minutos até que ela abriu a boca e disse: - “Mônica sofreu um acidente grave de carro”-. Uma lágrima escorria em minha bochecha esquerda, logo perguntei com firmeza, mas ao mesmo tempo com medo em minha voz: - “E como ela está?”-. Sofia enxugou as lágrimas e disse com voz trêmula: - “Ah, ela não corre risco, mas ela estava em um estado péssimo. O pai dela estava junto, mas ele acordou na ambulância já, segundo ele, o que os salvou foram os airbags do carro e alguém que os retirou a tempo de dentro do carro em chamas, senão teriam morrido queimados talvez, só de eu pensar nessa possibilidade já me arrepia toda. E eu queria saber quem foi o anjo que salvou os dois”-. Fiquei calado, senti um alívio de saber que ela estava bem.
Uma enfermeira veio em nossa direção e nos disse para acompanhá-la, andamos pelos corredores frios do hospital, por alguns momentos ouvíamos gemidos de pessoas doentes e feridas, nos dava arrepios. Entramos no quarto de número 38 e na cama estava Mônica, cheia de curativos, estava dormindo. Sofia ficou alguns momentos comigo ao lado de Mônica, a observando. Foi quando ela disse: - Andréas, eu vou ao quarto ao lado ver como o Tio Mário esta-. Fiz um sim com a cabeça e Sofia saiu do quarto. Tio Mário era a forma carinhosa de Sofia chamar o pai de Mônica, pois por elas serem tão amigas, os pais e mães de ambas já viraram tios e tias.
Coloquei minha mão sobre a de Mônica, ela estava com o corpo quente, apertei de leve sua mão e mais uma vez novas lágrimas escorreram em meu rosto. Rezei um pai nosso pela saúde de Mônica, foi quando logo após virei meu rosto para o criado-mudo ao lado do leito e meu anel estava lá, fiquei o fitando por uns segundos, quando a enfermeira entrou no quarto e disse: - “Esse anel provavelmente é a marca do herói que os salvou do acidente, muito bonito o anel e parece ser de um valor inestimável. Os para-médicos o acharam ao lado de Mônica e o pai dela disse nunca ter visto esse anel na vida dele”-. Sim, esse anel é de um valor inestimável, foi herança da máfia. E agora? E se Mônica soubesse que o anel me pertence? E se meu avô ou pai descobrir a perda do anel? Estaria em uma situação nada agradável. Depois que voltei à realidade, percebi Mônica despertar, soltei sua mão e logo disfarcei. Mônica me viu e disse: - “Andréas? O que faz aqui? Onde estou? O que aconteceu?”-. Apenas disse a ela que havia sofrido um acidente de carro, mas que ela e seu pai estavam bem. Mônica sorriu. O pai de Mônica entrou no quarto com uma muleta, pois seu pé estava com um machucado e foi falar com a filha. Devagar, comecei a sair do quarto, à francesa. Comecei a andar pelo corredor até a hora que Sofia gritou baixo e suavemente meu nome. Olhei para trás e a vi vindo com passo apressado. Sofia disse que estava indo embora já e pediu para que eu à acompanhasse até sua casa, pois tinha medo de ir sozinha já que o bairro em que passariam não era muito seguro. Chegamos na casa de Sofia em uns 40 minutos, antes dela entrar em casa, me disse: - “Acho que Mônica tem razão quando diz que você é diferente dos outros meninos. Sei lá, mas você é o único que se importa realmente com as coisas. Você não é apenas um garoto, você é homem de verdade”-. Dei um sorriso de surpresa e me despedi.
Voltei para casa, e pelo caminho tentei imaginar essas palavras saindo da boca de Mônica. Minha agonia aliviou após ter noticias sobre ELA.